Por: Marcela Próspero
Tempo de Leitura: 2 minutos
As punções de linfonodos superficiais ou internos podem ser realizadas a fim de buscar diagnósticos que confirmem neoplasias (primárias ou metástáticas), linfadenites de diversas origens e agentes parasitários.
Quando indicar a punção de linfonodo?
Em casos de linfadenomegalia, localizada ou generalizada.
Em casos de doenças neoplásicas, os linfonodos regionais ou drenantes também devem ser avaliados
Como realizar a punção dos linfonodos?
Seleciona-se o linfonodo a ser puncionado e a técnica utilizada pode ser a PAF (mais recomendada) ou PAAF, relatadas aqui no blog em citopatologia.
Quando há linfadenomegalia generalizada, recomenda-se a escolha pelos linfonodos poplíteos e pré escapulares.
Nos casos em que o linfonodo está exageradamente aumentado de volume, a região central deve ser evitada, por maior risco de necrose e hemorragia.
Confira abaixo, dois possíveis diagnósticos frequentemente encontrados na rotina médica veterinária.
Leishmaniose
Estamos localizados em região endêmica para leishmaniose, e existem diversas formas de diagnosticá-la, entre elas, as técnicas sorológicas e moleculares são especialmente importantes.
No entanto, a punção do linfonodo pode ser utilizada e citologicamente seriam observadas as amastigotas de Leishmania sp.
Linfomas:
O linfoma nodal é uma neoplasia primária que envolve os linfócitos do linfonodo e é comum em cães e gatos. No entanto, os linfomas podem ter outros sítios anatômicos como o trato gastrointestinal em felinos e pele, mais frequente em cães.
Macroscopicamente, o linfoma (nodal) é caracterizado pela linfadenomegalia, na maioria das vezes, generalizada.
Citologicamente são observados os linfócitos médios e grandes associados a fragmentos citoplasmáticos pequenos e basofílicos (corpúsculos linfogranulares). Esses corpúsculos são linfócitos imaturos, frágeis e rompidos também observados em alterações benignas do linfonodo, porém estão em maior frequência nos linfomas.
Punção de linfonodo. Linfoma
Após essa leitura, você consegue perceber como muitas vezes a obtenção do diagnóstico pode ser simples?
Converse sempre com seu patologista, e juntos vocês escolhem o melhor caminho.
Possui alguma dúvida? Entre em contato com nossa patologista e obtenha o melhor para o seu paciente!
REFERÊNCIAS:
RASKIN, R.E.; MEYER, D.J. Citologia Clínica de Cães e Gatos. Atlas colorido e Guia de Interpretação. 2ª edição. Elsevier, 2011.
Comentários
Postar um comentário