Tempo de Leitura: 2 minutos
Na clínica geral, os casos dermatológicos possuem grande queixa por parte dos tutores, não é mesmo?
E por esse motivo a especialidade de dermatologia veterinária vem ganhando esses espaço.
Aqui na Bahia, nosso estado de atuação, uma pesquisa foi desenvolvida no Hospital de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia (HOSPMEV-UFBA), no qual foram diagnosticados 617 dermatopatias e dessas, 88,49% eram tumorais e 11,51% não tumorais (MACHADO, 2017)
E o que significa dermatopatias tumorais e não tumorais?
As dermatopatias tumorais são aquelas que apresentam algum aumento de volume na pele (nódulos, massas ou cistos, por exemplo)
Dessa forma, podem ser divididas em:
Neoplásicas: São aquelas de podem ser consideradas benignas ou malignas: mastocitomas, carcinomas de células escamosas, fibromas, lipomas, melanomas e tantas outras.
Proliferativas não neoplásicas: Aquelas que macroscópicamente são semelhantes à neoplasias, pela formação nodular, por exemplo. Mas quando realizado o diagnóstico, não são consideradas neoplasias, e por tanto, não podem ser agrupadas em benignas e malignas. Exemplos: Cistos de inclusão epidermal, hiperplasia de glândulas sebáceas, granulomas
E as dermatopatias não tumorais, são aquelas causadas por bactérias, fungos, parasitas, ou ainda possuem origem alérgica, endócrina ou ainda psicogênica
Inflamatória:
São as piodermites, geralmente causadas por bactérias do gênero Staphylococcus;
Micoses cutâneas causadas por Microsporum canis, M. gypseum e Trichophyton sp., esporotricoses; entre outras;
As parasitárias como sarnas demodécicas, sarcópticas e ainda a leishmaniose em muitas regiões,
Alérgicas: como DAPE (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas) e DAC (dermatite atópica canina).
Endócrinas: doenças metabólicas que afetam o crescimento dos pelos e por isso os pacientes apresentam quadros dermatológicos associados.
Psicogênicas: associadas a pacientes submetidos a agressões, situações de frustração, estresse ou confinamento
Primeiro passo: anamnese, histórico clínico completo, bom exame clínico e físico!!
Segundo passo:
Nos casos de dermatopatias tumorais, ou seja, aquelas que apresentam algum aumento de volume sobre a pele, o exame de triagem preferido é a citopatologia, aquele em que se realiza a punção do nódulo/massa e deposita o material em lâmina de vidro.
E nos casos de dermatopatias não tumorais, o padrão da lesão pode ser extremamente variável: descamação, eritema, pápulas, ulcerações, liquenificação, vesículas e muitos outros. Pode ter mais de um agente etiológico envolvido, pode ser primário ou secundário…. E por isso, não existe apenas um exame indicado. Nesse caso, o ideal é se fazer uma triagem dermatológica para obtenção de diagnósticos conclusivos.
Por isso, os exames complementares são essenciais: citologia de pele, de ouvido, tricograma, raspado cutâneo com pesquisa de parasitas e em muitos casos a cultura fúngica é uma grande aliada.
Muitos laboratórios já oferecem essa triagem em seu portfólio para facilitar a rotina do médico veterinário clínico geral / dermatologista e aqui na MP PATOVET nossos combos dermatológicos são pensados em você.
REFERÊNCIAS:
RASKIN, R.E.; MEYER, D.J. Citologia Clínica de Cães e Gatos. Atlas colorido e Guia de Interpretação. 2ª edição. Elsevier, 2011
MACHADO, G.A.C. Dermatopatias diagnosticadas em Cães do Hospital de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia por avaliações histopatológicas (2007-2016) e clínico-laboratoriais (2015-2017). Mestrado. Universidade Federal da Bahia, 2017.
Comentários
Postar um comentário